Quem vai até um balcão de padaria pedir um pão com crostinha de requeijão nem suspeita que nesse simples e delicioso alimento está guardada uma história milenar, que transcende a nossa cultura de comer um pãozinho acompanhado de café com leite no café da manhã. Estima-se que o queijo surgiu mais de 8 mil anos antes de Cristo, por conta da necessidade de conservar o leite por mais tempo. Encontramos no processo de coagulação a saída ideal para preservar a qualidade do líquido e seu valor nutricional, e, de quebra, descobrimos um alimento de sabor incomparável.
Os romanos difundiram o queijo por toda a Europa e parte da Ásia. Com isso, novos métodos de fabricação surgiram, fazendo com que novos tipos fossem criados. Uma categoria deles, que abrange uma gama de variações que apresentaremos no decorrer deste artigo, ganhou destaque mundial por seu sabor acentuado: os queijos amarelos. Quer entender como eles são produzidos e quais os benefícios são capazes de oferecer para a sua saúde? Então fique até o final deste artigo!
Queijos amarelos: quais são e tempo de maturação
Os queijos amarelos, como o nome já anuncia, são aqueles queijos de coloração mais amarelada. Eles geralmente têm um sabor mais intenso e uma textura mais firme, por conta de seu processo de fabricação. Diferente dos queijos brancos, como o queijo minas, a ricota e o queijo coalho, os queijos amarelos passam por um processo de produção mais intenso – eles recebem mais prensas, para melhor remoção do soro do leite, e, em seguida, são colocados em câmaras com temperatura e umidade controladas para que as mudanças bioquímicas possam acontecer.
Dependendo do tipo de queijo, essa espera, chamada de tempo de maturação, pode levar de alguns dias até anos. Confira abaixo os principais tipos de queijo amarelo e seu tempo estimado de maturação:
- Parmesão: possui um sabor intenso e uma textura levemente granulada. Leva entre 6 meses e 2 anos para ficar pronto;
- Provolone: com textura compacta e fechada, seu tempo de maturação é de, no mínimo, 60 dias;
- Prato: costuma apresentar olhaduras (buraquinhos) e tem uma consistência macia. Leva, no mínimo, 25 dias para maturar;
- Gruyère Suíço: sua massa é coberta por olhaduras e possui um sabor intenso, levemente adocicado. Demora, em média, 5 meses para maturar.
Queijos amarelos: quais são os benefícios?
Os queijos amarelos são verdadeiros coringas na cozinha. Com eles, é possível preparar desde um simples sanduíche até receitas mais sofisticadas. Mas seus benefícios não param apenas nas variadas possibilidades de preparos: desde que incluídos em uma dieta equilibrada, eles podem ser grandes aliados para uma vida mais saudável!
Possuem menos lactose
Apesar de os queijos amarelos serem produzidos a partir do leite, geralmente integral, eles possuem menos lactose em sua composição, em relação aos queijos brancos. “Lactose” é o nome dado ao açúcar do leite, substância que costuma provocar reações adversas em pessoas cujo organismo possui deficiência ou ausência da enzima lactase (responsável por digerir a lactose).
A concentração baixa de lactose nos queijos amarelos se deve ao processo de produção desses alimentos. Durante a maturação, as bactérias utilizadas, que também são responsáveis por modificar a textura e o sabor do leite, consomem boa parte da lactose, fazendo com que o produto chegue às prateleiras com um teor menor do que outras variedades.
É importante ressaltar que, apesar de terem menos lactose, os queijos amarelos ainda possuem traços da substância. Ou seja, não são seguros para os intolerantes. Nesses casos, o ideal é procurar variedades zero lactose.
São fonte de proteína
Os queijos prato, provolone, gruyère suíço e parmesão possuem uma ótima vantagem: são ricos em proteínas e pobres em carboidratos . As proteínas são nutrientes essenciais para o bom funcionamento do organismo. Dentre suas principais funções estão:
- Reparar e construir tecidos, como pele e músculos;
- Conferir elasticidade aos órgãos e tecidos;
- Auxiliar na regulagem do açúcar no sangue;
- Construir imunoglobulinas, que atuam como anticorpos na defesa do organismo.
É importante destacar que, apesar de serem pobres em carboidratos, os queijos amarelos não possuem um valor energético baixo. Em relação a outras variedades, como ricota, brie, camembert e cottage, eles são mais ricos em gordura e, se consumidos em excesso, contribuem para o ganho de peso e podem aumentar os níveis de colesterol LDL , o colesterol “ruim”.
Contribuem para a saúde dos ossos e do intestino
Durante o processo de produção dos queijos de longa maturação, boa parte dos líquidos são retirados, fazendo com que os componentes sólidos do leite fiquem mais concentrados. Isso faz com que queijos amarelos – como o prato, provolone e suíço – possuam uma alta concentração de cálcio , componente que contribui para termos ossos e dentes mais fortes e saudáveis – além de outros minerais que fazem bem à saúde, como o ferro e o potássio.
Por falar em saúde, o intestino também sai ganhando com o consumo dos queijos amarelos, pois esses alimentos são ricos em probióticos, que contribuem para o bom funcionamento do intestino, auxiliando na diminuição dos episódios de constipação e diarreia.
Abundantes em vitamina D
A vitamina D é conhecida como a vitamina do sol, mas não é somente por meio da exposição à luz solar obtenível esse nutriente! Como o organismo não é capaz de produzir essa vitamina por conta própria, precisamos obtê-la por outras fontes. Além da luz do sol, também podemos suprir nossas necessidades de vitamina D por meio dos alimentos – entre eles, os queijos amarelos.
Se aliados a uma dieta equilibrada, os queijos mais gordos podem ser incluídos na dieta sem prejuízos à saúde. Existem variedades saborosas de queijos com menos gordura, que é o caso dos queijos brancos – como cottage, frescal e ricota. E se você quiser conhecer mais dicas para se manter sempre saudável, não deixe de dar uma passadinha pelos demais posts aqui no Receitas Nestlé!